31 de agosto de 2015

zumba na caneca

No outro dia (vá, faz para aí uns dois meses) fui a uma aula de zumba. Assim num momento de loucura em que cheguei ao ginásio e não me apetecia estar outra vez com as pernas nas máquinas, naquele abre e fecha que me dá cabo de tudo.
Jurei para nunca mais. Deviam ser umas quinze mulheres, quase todas mais velhas que eu mas com energia para dar e vender. No entanto, é importante referir que as aulas de zumba são compostas por diferentes tipos de pessoas. No "palco" está o professor que deve ter tomado qualquer coisa antes de entrar e dá saltos, saltos e mais saltos. Parecia alguém com um ataque epiléptico e temi pela vida dele. Na fila da frente estão as pessoas que vestem aqueles top's rosa e verde neon a dizer "zumba". Essas pessoas são completamente loucas. Fanáticas. Deliram, mesmo. Sabem as coreografias todas, cantam as músicas como se estivessem em pleno Meo Arena e vibram como eu vibro no Urban quando passa o "Show das Poderosas" e já bebi uns copos.
A diferença entre essa fila e as restantes não está no jeito ou na falta dele. Está no "à vontade" com a cena.

Escusado será dizer que fui para a última fila, na esperança de perceber a dinâmica da aula e de conseguir acompanhar aqueles passos estupidamente rápidos.
Nunca me senti tão descoordenada. Esquerda, direita, frente, trás, salta, pula, faz um "V", faz um "Z", mãos no ar, abanar as mãos, abanar o rabo numa tentativa falhada de parecer sensual, esticar a perna, esticar a perna esquerda e o braço direito, dois passos para o lado, um passo para trás. Mais 5 minutos de aula e não seria estranho se me pedissem para saltar, tocar com as mãos no tecto e fazer uma pirueta.

Mas tudo muda de figura quando toda a gente tem que gritar. Calma! Gritar? Sim, gritar mesmo. Soltar um grito em partes estratégicas da música e/ou da coreografia. Todas gritaram, deram o máximo com os seus pulmões fortes. Normalmente este grito acompanha a parte da coreografia em que tens as mãos no ar e as abanas como se estivesses nas Tardes da Júlia a gritar o 760 200 300.

A Zumba é uma cena estranha. Demasiado intensa, demasiado rápida e com músicas que me fazem lembrar uma mistura entre os Morangos com Açúcar e as piores noites em que já passei em Lisboa. A probabilidade de voltar a uma aula destas ronda praticamente o zero. Até porque nada me entusiasma menos do que estar numa sala com paredes de vidro, a dançar o "Bailando" enquanto agito as mãos no ar e dou um grito. Nada.

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